de nada serve a chuva nas cidades
lá que não há barcos
nem ruas cheias de árvores
apenas móveis pousados na rigidez solar dos meses
e pessoas importantes misturadas
em espaços feitos para terem tudo para tudo
ocupando as ideias de ideias como
aquelas
que de tão reais se deformaram por dentro
enchendo de veemência gestual os intervalos da vida. aqui
debaixo dos meus pés
cresce a terra e o chão é a erva exacta e medida
desta vida rasgada em mim. nada serve na cidade. onde tudo me lembra
esse passado. hoje
esquecido sobre a minha cabeça
este mesmo sol é um perdido manto
erva da erva
sal do sal
céu que todos os dias
me faz querer as montanhas junto do mar.
lá que não há barcos
nem ruas cheias de árvores
apenas móveis pousados na rigidez solar dos meses
e pessoas importantes misturadas
em espaços feitos para terem tudo para tudo
ocupando as ideias de ideias como
aquelas
que de tão reais se deformaram por dentro
enchendo de veemência gestual os intervalos da vida. aqui
debaixo dos meus pés
cresce a terra e o chão é a erva exacta e medida
desta vida rasgada em mim. nada serve na cidade. onde tudo me lembra
esse passado. hoje
esquecido sobre a minha cabeça
este mesmo sol é um perdido manto
erva da erva
sal do sal
céu que todos os dias
me faz querer as montanhas junto do mar.
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