como conhecer a dor
se nunca em algum dia soube o que me doía?
como saber a morte se ela pode
ser o contorno
do corpo de deus? luz que afinal ilumina. alegria de viver
e face luminosa acesa em pleno ar. foda-se. nem
neste breve instante me iludo. essa brancura espessa
que te corre o rosto
transfigura a vida sem aquecer o ar. e não brilhas.
apenas tens um princípio de luz
a esganar-te inúmeras e repetidas vezes. como pedra
que se revolve sobre si mesma na rebentação da onda.
novidade? esse mito. como a inspiração do lavor do delicado
joalheiro. sou talhante. a grande arte
de dar por definitivo a barba por fazer
e o luto das mulheres dos pescadores. e é aqui
sem a sombra do sol
que a arte poética cresce sem a poesia, neste uso pessoal
de respirar todas as árvores e de sofrer de males carnais.
esta é a arte poética. nos pés negros
do homem real que sofre a meu lado a miséria da sua terra
do homem que foi a cidades distantes
sem nunca sair de onde mais lhe interessa. ele respira
é poeta vivo, existe verdadeiramente, como um vendaval de coisas humanas
eu
nesta ponta de terra
com uma desmedida vontade de partir
estou cada vez mais perto de não chegar a lugar algum.
se nunca em algum dia soube o que me doía?
como saber a morte se ela pode
ser o contorno
do corpo de deus? luz que afinal ilumina. alegria de viver
e face luminosa acesa em pleno ar. foda-se. nem
neste breve instante me iludo. essa brancura espessa
que te corre o rosto
transfigura a vida sem aquecer o ar. e não brilhas.
apenas tens um princípio de luz
a esganar-te inúmeras e repetidas vezes. como pedra
que se revolve sobre si mesma na rebentação da onda.
novidade? esse mito. como a inspiração do lavor do delicado
joalheiro. sou talhante. a grande arte
de dar por definitivo a barba por fazer
e o luto das mulheres dos pescadores. e é aqui
sem a sombra do sol
que a arte poética cresce sem a poesia, neste uso pessoal
de respirar todas as árvores e de sofrer de males carnais.
esta é a arte poética. nos pés negros
do homem real que sofre a meu lado a miséria da sua terra
do homem que foi a cidades distantes
sem nunca sair de onde mais lhe interessa. ele respira
é poeta vivo, existe verdadeiramente, como um vendaval de coisas humanas
eu
nesta ponta de terra
com uma desmedida vontade de partir
estou cada vez mais perto de não chegar a lugar algum.
1 comentário:
Amigo, que nunca cesses. Pelo menos por aqui. Pelo menos!
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