tive um dia normal
numa casa. um dia normal em que discutimos
um dia normal em que desejaste ardentemente
a minha morte. em que me sabias ali contigo
em que fugiste para o quarto e bateste a porta em sinal de protesto.
um dia normal
em que desesperado
gritava dos pulmões para um outro país
onde te encontravas
a força sentida de saber que sem ti pareço morto.
tive esse dia normal. um dia muito quotidiano.
um dia de gente.
fora desta tristeza mansa
arrastada no cansaço de tudo ter experimentado.
tive esse dia
esse passado distante agora lembrado
neste prosaico e incorrigível modo
de morder o tempo
quando as palavras se tornam indiferentes. e hoje
esse dia
traz-me aos dedos todos os dias que em sombras
perfazem as metáforas da minha vida
onde a terra é a superfície do mar petrificado
no esquecimento de começar o que já havia terminado.
numa casa. um dia normal em que discutimos
um dia normal em que desejaste ardentemente
a minha morte. em que me sabias ali contigo
em que fugiste para o quarto e bateste a porta em sinal de protesto.
um dia normal
em que desesperado
gritava dos pulmões para um outro país
onde te encontravas
a força sentida de saber que sem ti pareço morto.
tive esse dia normal. um dia muito quotidiano.
um dia de gente.
fora desta tristeza mansa
arrastada no cansaço de tudo ter experimentado.
tive esse dia
esse passado distante agora lembrado
neste prosaico e incorrigível modo
de morder o tempo
quando as palavras se tornam indiferentes. e hoje
esse dia
traz-me aos dedos todos os dias que em sombras
perfazem as metáforas da minha vida
onde a terra é a superfície do mar petrificado
no esquecimento de começar o que já havia terminado.
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