terça-feira, dezembro 09, 2008

pequeno grão de voz

se o tempo fosse o apertado mel
que banha a secreta vida das borboletas
também eu escreveria um poema maior do que tu
e já dentro do abismo na abundância do caos
desenharia na rebentação da água os movimentos de luz
do teu corpo. e dentro do ar numa escrita desequilibrada
de sangue estanque gritaria em voz ávida
a tua mão cabe dentro da minha.

2 comentários:

Anónimo disse...

O que tu escreves deixa-me sem palavras...

A.S. disse...

:-)