Havia cio em tudo o que escrevias
e um murmúrio de lucidez
na tristeza com que adornavas o rosto
nos dias
em que as tuas pálpebras murchas eram grão em fotografia suja
encostada num canto escuro do bar onde cresceste
deliquentemente são.
Foi no teatro da vida em cenário de rock
que executaste a perfeita representação
da nossa morte: a agonia de escrever a vida de merda a que nos destinamos.
Não te enfeitaste de regras
nem permitias que o teu corpo pulsasse em arrepios
de felicidade estéril nos ocasos de outros corpos. Foste
curandeiro errante
de rosto fixo olheiras de bebedeiras constantes
e de sexo frágil e ofegante em corpos que cediam
à penumbra que acompanhava a dor com
que enchias as salas
onde te escondias a falar sobre os dias em que não conseguias dormir.
Infiltravas-te na escrita
como a chuva que faz ceder os muros de betão
e que nos faz ignorar os sentidos. Ignorar os nomes. Ignorar os corpos.
e um murmúrio de lucidez
na tristeza com que adornavas o rosto
nos dias
em que as tuas pálpebras murchas eram grão em fotografia suja
encostada num canto escuro do bar onde cresceste
deliquentemente são.
Foi no teatro da vida em cenário de rock
que executaste a perfeita representação
da nossa morte: a agonia de escrever a vida de merda a que nos destinamos.
Não te enfeitaste de regras
nem permitias que o teu corpo pulsasse em arrepios
de felicidade estéril nos ocasos de outros corpos. Foste
curandeiro errante
de rosto fixo olheiras de bebedeiras constantes
e de sexo frágil e ofegante em corpos que cediam
à penumbra que acompanhava a dor com
que enchias as salas
onde te escondias a falar sobre os dias em que não conseguias dormir.
Infiltravas-te na escrita
como a chuva que faz ceder os muros de betão
e que nos faz ignorar os sentidos. Ignorar os nomes. Ignorar os corpos.
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