abriga o teu corpo
neste espaço onde os dias de calor
respiram. dou-te um vestido
transparente
fina onda de mar
ténue destino levado como o vento
para as faces perdoadas da lua. abriga-te em mim
e na breve distância que separam as minhas mãos
do mundo. nas escamas das rochas
riscaremos as coisas contáveis
os dias importantes, sonos guardados
os mais simples paradoxos do amor. abriga-te em mim
arderemos no escuro mais fundo dos oceanos
onde as tuas mágoas sempre começaram. aproximaremo-nos
do olhar, do falar em palavras que não existiam
no tenso obscuro sopro do vivermos os
sonhos alheios.
neste espaço onde os dias de calor
respiram. dou-te um vestido
transparente
fina onda de mar
ténue destino levado como o vento
para as faces perdoadas da lua. abriga-te em mim
e na breve distância que separam as minhas mãos
do mundo. nas escamas das rochas
riscaremos as coisas contáveis
os dias importantes, sonos guardados
os mais simples paradoxos do amor. abriga-te em mim
arderemos no escuro mais fundo dos oceanos
onde as tuas mágoas sempre começaram. aproximaremo-nos
do olhar, do falar em palavras que não existiam
no tenso obscuro sopro do vivermos os
sonhos alheios.
3 comentários:
Muito, muito bonito!!
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos,
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razãoEugénio de Andrade, in O Peso da Sombra
"fina onda de mar"!!!
Bonito texto!
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