um dia
na dilacerante certeza de quem rouba segredos à morte
também nós nos sentaremos
sozinhos
juntos um do outro com o cair da noite
e direi aqui posso morrer de cansaço.
lerás os meus cadernos
abraçarás as minhas mãos sem vigor
como se todos os gestos dependessem da procura de sinais
espantarás as enormes árvores
e sob a sombra do próprio sol
serei uma criança no teu colo.
aí, fascinaremos o som supremo da vida
com a voz a competir com o silêncio de ser a própria voz.
na dilacerante certeza de quem rouba segredos à morte
também nós nos sentaremos
sozinhos
juntos um do outro com o cair da noite
e direi aqui posso morrer de cansaço.
lerás os meus cadernos
abraçarás as minhas mãos sem vigor
como se todos os gestos dependessem da procura de sinais
espantarás as enormes árvores
e sob a sombra do próprio sol
serei uma criança no teu colo.
aí, fascinaremos o som supremo da vida
com a voz a competir com o silêncio de ser a própria voz.
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