uma
chama clandestina
como mera invenção do fumo de um coração dolorosamente exterminado. uma
invenção transpirada
entre a estrangulada desarrumação dos recessos da memória e
o suspiro
manobrado pelos dedos que escrevem esta trabalhada melancolia. uma
chama clandestina
soprada por uma boca cheia de todas as coisas que fazem a terra cair
num abismo de sangue seiva nervos esperma carne unhas língua.
uma
chama clandestina
como morte avisada: a solidão.
chama clandestina
como mera invenção do fumo de um coração dolorosamente exterminado. uma
invenção transpirada
entre a estrangulada desarrumação dos recessos da memória e
o suspiro
manobrado pelos dedos que escrevem esta trabalhada melancolia. uma
chama clandestina
soprada por uma boca cheia de todas as coisas que fazem a terra cair
num abismo de sangue seiva nervos esperma carne unhas língua.
uma
chama clandestina
como morte avisada: a solidão.
5 comentários:
Ás vezes parece que me perco no que escreves. A meio do poema preciso quase sempre voltar atrás e reler. Mas no fim chego sempre à mesma conclusão: faz(es) pleno sentido. Tudo o que escreves. Cada verbo, cada palavra, cada imagem, cada metáfora. Gosto que a desordem que crias no interior de cada poema seja quase sempre contrariada com a simplicidade da frase final. Como se no fim de contas apenas quisesses ser entendido. Amado talvez... :-D
:-)
muito boa esta série de poemas de hoje.
tens uma escrita que me faz muito sentido.
Com ja te disse... tens ca um dom... muitas vezes vejo-me no que escreves...
obrigado, às duas!
Enviar um comentário