quarta-feira, junho 25, 2008

Ouvi dizer que o amor é uma práxis

Permaneço numa espécie de torpor, o que pode justificar que ainda não o tenha reconhecido. Já fingi rezar. Cheguei mesmo a entrar numa igreja. Sentei-me e quis rezar. Já chorei enquanto me masturbava. Chorei com a dor de todos os ódios e de todas as mortes. Já ri. Como se ri quem finalmente está onde sempre quis estar. Já não sei consolar. O meu coração está no medo. Vive lá. Não sei salvar, nem saciar. Arrasto-me em redor de imagens tuas que me adocicam nos instantes de agonia. Já te disse tudo. Tu és o meu silêncio colorido. Alucinação maltratada, falso luxo, solidão que a morte esborratou.

3 comentários:

Ninguém disse...

Gosto mesmo da forma como te expressas, é incrível. Muito bem mesmo. E vê lá se, um dia destes, vais passear no parque da cidade ;)

A.S. disse...

:-) Ok, irei!

Ninguém disse...

Também não era preciso rimar :P