O amor seria sempre um acto delicado, subtil, penetrante, hábil onde eu seria o mais deslumbrado olhar como a fluidez do sangue percorrido em veias de cinza nas regiões mais distantes e o sexo mais intenso, animal, explorador à medida que rodeássemos a inicial delicadeza extrema das palmas trémulas de exacerbação derradeira até ao compasso das cansadas e vagarosas ancas ser puro e límpido frémito na pequena consistência de uma pedra em forma da gota onde brilha em ardente inclinação o lume de toda a origem.
*Mário Cesariny, Pena Capital
2 comentários:
gosto muito do modo como descreves o sémen. nunca tinha pensado nisso assim.
ester
sémen é o símbolo da origem. uma metáfora da origem. neste contexto, claro.
Enviar um comentário