Setembro

É um sítio como outro qualquer para dar notícias. Pois bem. Este blogue tem sofrido. Deixei-me de simulacros. Um dia, próximo, eles aparecerão no devido lugar. E deixei de me inventar em princípios de escassez. Tão simples quanto isso. Quando se confundem princípios com contingências o essencial torna-se, fatalmente, acessório; e com o que é acessório, de facto, não se deve perder tempo. A conclusão é apenas esta. Não há sol menor. Este blogue que se levantou e se impôs como última ficção tem agora a única morte que sempre lhe foi possível. E continuarei a vir cá. Com o mesmo tom, até. Não posso também negar-me. Mas os insectos obscuros pairam agora noutras bocas mais tristes. E vou deixar de supor meias-noites. Felizmente. Avante, então. As férias foram óptimas. Um mês longe de tudo. Sempre de corpo atento. Houve Algarve (e as suas summer galas e discotecas de pé na areia), Alentejo (menos do que a dose recomendável) e as praias penduradas do Minho. Guardo ainda um travo adocicado da ténue luminosidade de vagarosamente perceber alguns caminhos. Este ano estarei também ocupado com isto. A correr bem os próximos 3 ou 4. Com o devido beneplácito. Por aqui continua tudo tranquilo. O Zé nunca mais abre. E vou mudar de casa. Acima de tudo de cidade. A correr muito bem, depois de todas as contas bem feitas, talvez nesta praia. Há ondas, vento, areia fina e espaço para pranchas e tábuas voadoras. Que mais pedir? Um cão, talvez. E uma Vespa. Suburbano invertebrado tem destas coisas. A acompanhar-me aquela que conhece a velocidade prateada do amor. Falemos sempre baixinho. O futebol aos Sábados, o squash à 2f e o basket à 6f mantêm-se. Nos mesmos sítios. Só vamos ter que alinhar horários. Pois é isto. Ah, almoço em casa da mãe também se mantém. Que a ternura ainda não serve para nos aniquilar.