fico a aguardar uma carta tua, um
pequeno espaço ocupado, como se ocupam
as nuvens das ruas distraídas sobre
os cabelos dobrados às janelas. um horizonte
pregado à razão impaciente de não rasgar ao meio
o peso do ouro da água e em breves enganos assobiar
por entre os bosques o desejo de não obedecer às palavras
que um dia passaram leves sobre a fácil cortina
dos pecados. e uma carta trará uma voz
igual à tua a crescer como sílabas vivas e frutos redondos
sob a indolor brancura de um vidro baço. e
uma carta tua
inabitável ruído deste ouvido, incessante chuva
que rasga no ar
os caminhos do trabalhado sangue.
pequeno espaço ocupado, como se ocupam
as nuvens das ruas distraídas sobre
os cabelos dobrados às janelas. um horizonte
pregado à razão impaciente de não rasgar ao meio
o peso do ouro da água e em breves enganos assobiar
por entre os bosques o desejo de não obedecer às palavras
que um dia passaram leves sobre a fácil cortina
dos pecados. e uma carta trará uma voz
igual à tua a crescer como sílabas vivas e frutos redondos
sob a indolor brancura de um vidro baço. e
uma carta tua
inabitável ruído deste ouvido, incessante chuva
que rasga no ar
os caminhos do trabalhado sangue.
Sem comentários:
Enviar um comentário