O meu avô contava-me que quando saía de Portugal tinha vergonha em dizer que era português. Não era o único. Tinha amigos que escondiam o passaporte. Há quarenta anos tínhamos um atraso de mais de um século em relação a outros países. E falava-me de França e da Bélgica. E de como era lá estar sabendo como (não) se vivia por cá. Hoje, sinto-me um bocadinho melhor em ser português.
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3 comentários:
Compreendo como poucos a sensação. Eu que não nasci no meu país, porque a terra onde nasci, nunca me soube a terra e foi neste país que encontrei pais. As raízes não me nasceram onde nasci, nasceram-me onde escolhi. Pelas gentes, que também sou, pelo sentir, que também tenho, pelo tanto que ainda se há-de crescer por ser português... também eu, embora não sendo, apenas aqui me encontro, apenas aqui me encontram, ainda que beba de muitas fontes, só nestas águas me entrego.
Gosto de lhe espreitar o blog... há inteligência...
Obrigado!
a sério?
Ena, corajoso!!!
pois eu sinto-me cada vez pior :-((
Stella
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