queimados pelas palavras
desenhámos na névoa dos vidros
os pássaros que amanheciam. enquanto ardíamos
morríamos enlaçados na superfície dos nossos sonhos
como pedra fechada pelo lado de dentro. e morríamos
em cada beijo. morríamos na urgência
de não podermos descansar no peito dos astros que repousavam
no sono daquela cidade solitária que nos dizia: conheço o lado por onde nos visita a morte.
e ali fechados, um no outro, morríamos ao voltarmos
para o chão como lâmina a lavrar a terra.
desenhámos na névoa dos vidros
os pássaros que amanheciam. enquanto ardíamos
morríamos enlaçados na superfície dos nossos sonhos
como pedra fechada pelo lado de dentro. e morríamos
em cada beijo. morríamos na urgência
de não podermos descansar no peito dos astros que repousavam
no sono daquela cidade solitária que nos dizia: conheço o lado por onde nos visita a morte.
e ali fechados, um no outro, morríamos ao voltarmos
para o chão como lâmina a lavrar a terra.
3 comentários:
espanto
esta tua série de poemas está espantosa, sim. é essa a palavra: espanto. *
:-) gracias!
Enviar um comentário