terça-feira, janeiro 13, 2009

reflexo que não se afunda

contar-te tudo
pequena mancha de mar na areia
uma palavra na tua mão contar-te tudo
encostar-te o coração ao ouvido e ler-te o que hoje escrevo nos muros
contar-te tudo
como a minha voz é a tua pulsação disparada
na boca sofrida de todos os gritos mais altos
dos gritos mais altos nas gargantas mais altas de todos
os gritos nas montanhas mais rasgadas a um palmo do céu
contar-te tudo desta espera voluntária
de saber respirar para dentro a última gota de sangue.

5 comentários:

Raquel Sousa disse...

escreves muito bem..

ana salomé disse...

lindíssimo...*

A.S. disse...

obrigado, às duas!

p.s.- ó ana, conheço uma pessoa que estudou contigo na UM. A Sandra. Ela é morena, bonita (gostos são gostos, claro!) cabelos muito escuros... ela só teve elogios quando me falou de ti. a sério! elogiou-te muito... e disse-me logo: "tenho o livro dela!!" isto realmente é uma vizinhança muito pequena :-)

ana salomé disse...

lol, a sério? claro que sei quem é a sandra, era da minha turma e, apesar de não sermos muito chegadas, tenho uma grande admiração e um carinho especial por ela. ela não é bonita, é lindíssima. :)

conheci o sérgio do blog dos 5 pês, que diz que te conhece também.

isto é tudo, sabes que é?, um berlinde. :D

estou a ler a tua tese - depois mando mail com as minhas observações.

beijinhos*

A.S. disse...

sim, é verdade, ela é lindíssima!

quanto ao sérgio, temos 3/4 amigos em comum e gostamos de parar no mesmo sítio! dá também para perceber que temos alguns gostos em comum. é gente boa.

fico a aguardar as observações! e boa sorte para a leitura (nem eu fui capaz de a fazer depois da arguição...)