A procura de alteridade leva-me a acreditar piamente que nasci depois do meu tempo. Levinas concordaria comigo. Tinha tudo para ser precisamente o contrário. Quando os meus pais casaram, eu já tinha 3 meses de vida intra-uterina. Nasci, então, antes do tempo. Ou não. Vejamos. O meu conceito de fruição estética prende-se (cada vez mais) com o conveniente recuar nos anos em busca de uma qualquer identidade no crescente fervor melómano pelas décadas de 60, 70 e 80. Como se nada pudesse fazer para atraiçoar a história da minha vida. A bem de um qualquer equilíbrio quase moral. Mais um exemplo. Esta música remeteu-me para um período de nojo durante o qual choro de saudades de um passado que não vivi. E o Mark Ronson até merece a minha simpatia. Foi ele que deu a conhecer uma Britney Spears audível. E assim dei mais uma machadada no meu bruto conceito de identidade.
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