segunda-feira, setembro 01, 2008

"ela não é dos meus dedos é dos meus medos"*

Em cada espelho que danças enquanto decoras os vales do ar e os jardins panorâmicos com as pérolas entenebrecidas é possível ver brilhar os teus olhos como uma rede de eclipses concentrada no meu sangue. Trazes-me a janela da vida à carne do mar arfando com os segredos afundados no recolher do sal de cada onda.

* Borboleta. Manuel Cruz.

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