terça-feira, setembro 16, 2008

As ambivalências platónicas de quem gosta de se deixar levar

Sem o natural preâmbulo biográfico e pessoal que normalmente acontece nos casos como aquele que passarei a citar (até porque não conheço nenhuma das pessoas), e passando por cima das razões do meu longínquo júbilo em relação à situação que passarei a citar, eu que vivo na apologia de uma relação pouco mediada com os outros, não posso deixar de assumir o meu absoluto, profundo e devoto enternecimento por assistir (dentro das desejáveis distâncias de higiene) ao início desta relação. Em mim há alguns momentos em que o esteta pisa e cala alegremente um obsessivo observador armado em antropólogo/sociólogo/psicólogo. Aí deixo a ansiedade desassossegada de Nietzsche que é a insuportável noção de que não somos autores de nós próprios e percebo que a ambição totalitária da invenção romântica (sim, uma invenção sem a qual não conseguimos passar, por muito que fujamos) se torna na essência daquilo que somos. Daquilo que desesperadamente ansiamos. E eu sempre disse que o extraordinário na vida merece a minha reverência.

2 comentários:

Anónimo disse...

k coisa mai linda!!

A.S. disse...

e é!