terça-feira, agosto 26, 2008

Criança nem sempre é sinónimo de inocência

Gabriela (prima com 6 anos): Tozé, posso fazer-te uma pergunta?
Eu: Diz...
Gabriela: Da tua casa vê-se o mar?
Eu: Não...
Gabriela: Da minha vê-se!
Eu: Pois, vê!
Gabriela: Olha, mas queria fazer outra pergunta...
Eu: E faz...
Gabriela: Porque é que só vieste para a praia agora?
Eu: Estava com sono e fiquei na cama...
Gabriela (rindo-se perdida): Não, tonto! Porque é que só vieste hoje?
Eu: Ah, estive no Algarve e no Alentejo! Conheces?
Gabriela (a rir-se): Eu já sabia! O Tiago (meu irmão) disse-me!
Eu: Então, porque é que perguntaste?
Gabriela: Para ver se ias mentir...
Eu: E porque é que haveria de mentir?
Gabriela (enquanto passa desajeitadamente a mão pelo cabelo): O Tiago disse-me que foste com raparigas e podias ter vergonha de contar...
Tozé (ainda meio parvo com a conversa, mas sem conseguir esconder o riso): Vergonha porquê, Gabriela?
Gabriela: Porque depois as pessoas começam a dizer que tens muitas namoradas... E fazem-te perguntas. Assim, mentias e não precisavas de contar a ninguém, não é?

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