quinta-feira, maio 29, 2008

Enganos e (des)encontros

Escrevia cartas constantemente. Era uma das formas, talvez mesmo a única, que tinha para que elas soubessem que eu existia. Algumas tinham a paciência de ler o que escrevia. Bom, uma teve. Lembro-me de lhe dizer que gostava dela "De uma forma que dificulta a escolha das palavras para caracterizar esse amor". Sempre considerei que as mulheres de quem gosto possuem uma estirpe tão elevada que é como se fossem de outro mundo. A verdade é que também sempre acreditei em anjos e demónios. Lembro-me da que me respondeu. Passou-me caridosamente a mão pela bochecha e com um ar maternal disse-me "escreves bem, mas és muito gordo". Nisto dos seres extraterrenos há que aplicar raciocínios rectos: de facto, era!

1 comentário:

Ninguém disse...

Não a podemos acusar de falta de objectividade... Mas podia tê-lo dito de outra forma, sei lá... Vai por mim, as mulheres que amas são umas sortudas, hoje em dia já não se escrevem cartas :( Já cheguei a receber um postal de aniversário apenas com o meu nome no envelope...

By the way, obrigado por me teres feito companhia enquanto estive ausente ;)