Deixaria de inventar a invasão de nódulos vivos a ocuparem as imensas noites do meu coração.
Deixaria de inventar os teus nocturnos reflexos nas águas em que me banho.
Deixaria de inventar a tua mão nos gestos hesitantes e bruscos com que me toco.
Deixaria de inventar os teus ternos lábios enleados na violência das promessas que me segredas na insónia do sexo.
Deixaria de inventar os minúsculos lamentos das coisas cortantes.
Deixaria de inventar a dor na penumbra do amanhecer.
Deixaria de inventar os sulcos anunciados pelas noites que passo a tentar descobrir o frémito das estrelas na ponta de um punhal.
Deixaria de inventar o intenso mel que cheiro na tua ausência dos meus lençóis.
Deixaria de inventar que construo fortíssimas muralhas de nada.
Deixaria de inventar os silêncios por detrás de cada palavra que suavemente pousa nos teus olhos.
Deixaria de inventar que só te amo no prolongar infinito do tempo etéreo.
Deixaria de inventar que não falo de uma paixão.
Deixaria de inventar que não te fecho dentro de todas estas palavras.
Deixaria de inventar que os meus lábios não tremem de cada vez que escrevo as letras do teu nome.
Deixaria de inventar ventos verticais que me abandonam em casas penumbrosas e destruídas.
Deixaria de inventar que não sou um rastejar de manchas soturnas arrancadas ao bater nervoso dos pratos recheados de raízes e sementes alucinantes.
Deixaria de inventar que o lado interior de mim nunca amanhece.
Deixaria de inventar que não me visto de delírios para ter a certeza de que estou vivo.
Deixaria de inventar que não te procuro até onde o olhar vê paisagem.
Deixaria de inventar que não sou excremento de um sonho mal desenhado por um qualquer Deus ébrio pelos dias passados nas marés de corpos inacabados.
Deixaria de inventar que não te escrevo obsessiva e continuamente.
Deixaria de inventar os teus nocturnos reflexos nas águas em que me banho.
Deixaria de inventar a tua mão nos gestos hesitantes e bruscos com que me toco.
Deixaria de inventar os teus ternos lábios enleados na violência das promessas que me segredas na insónia do sexo.
Deixaria de inventar os minúsculos lamentos das coisas cortantes.
Deixaria de inventar a dor na penumbra do amanhecer.
Deixaria de inventar os sulcos anunciados pelas noites que passo a tentar descobrir o frémito das estrelas na ponta de um punhal.
Deixaria de inventar o intenso mel que cheiro na tua ausência dos meus lençóis.
Deixaria de inventar que construo fortíssimas muralhas de nada.
Deixaria de inventar os silêncios por detrás de cada palavra que suavemente pousa nos teus olhos.
Deixaria de inventar que só te amo no prolongar infinito do tempo etéreo.
Deixaria de inventar que não falo de uma paixão.
Deixaria de inventar que não te fecho dentro de todas estas palavras.
Deixaria de inventar que os meus lábios não tremem de cada vez que escrevo as letras do teu nome.
Deixaria de inventar ventos verticais que me abandonam em casas penumbrosas e destruídas.
Deixaria de inventar que não sou um rastejar de manchas soturnas arrancadas ao bater nervoso dos pratos recheados de raízes e sementes alucinantes.
Deixaria de inventar que o lado interior de mim nunca amanhece.
Deixaria de inventar que não me visto de delírios para ter a certeza de que estou vivo.
Deixaria de inventar que não te procuro até onde o olhar vê paisagem.
Deixaria de inventar que não sou excremento de um sonho mal desenhado por um qualquer Deus ébrio pelos dias passados nas marés de corpos inacabados.
Deixaria de inventar que não te escrevo obsessiva e continuamente.
4 comentários:
"Deixaria de inventar que os meus lábios não tremem de cada vez que escrevo as letras do teu nome."
aquilo a que se chama mistério presenciado ou assistido... como a morte :-p
abração monhezito.
ps- "as tuas teclas devem ter veludo"... esta foi muito boa!
"as letras do teu nome". nem depois disto? porra, alguém anda a precisar de um desenho... ou então de um abanão lol
Eu não sei de onde é que isso tudo sai mas, se o resultado é este, não deixes. Muito bom! Eu bem digo que isto da imobilidade dá frutos literários...
Desculpa, mas não vou destacar nada porque, muito sinceramente, não consigo escolher.
um desenho, talvez seja boa ideia!!! como é que se deseja uma paixão? sabes?
eu já sei de onde vem. já está identificada a origem. só não sei porque vem. mas já é um bom princípio.
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