segunda-feira, julho 02, 2007

Discreta atenção.

"- Então, o que te move?" - perguntaste-me depois de te dizer que sabia que o destino nada é mais do que uma inevitável deriva.

- Queria apenas explicar-te que não me interessa a vida nem a morte. Não me interessa a presença nem a ausência. Nem a alegria nem a tristeza. Apenas anseio, em qualquer momento, mesmo naqueles em que a vontade se inverte em inerte desistência, imaginar o movimento interior entre todos os opostos que nos ocupam. É nessa oscilação, nessa matéria vibrante, que me concebo.


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