segunda-feira, julho 16, 2007

Da Weasel e o dialogismo Bakhtiniano.

Já viram o último videoclip dos Da Weasel? É uma criação muito Gondry (muito mesmo. Fosse eu maldoso e diria que é demasiadamente Gondry), mas sem aquela coisa - como é que se chama, mesmo... ah, já sei -, sem a qualidade dos trabalhos do criador francês. Mas, se não acreditam, podem sempre ver para crer.

Acreditem numa coisa, não me perturba minimamente que se adaptem ou explorem obras de outros criadores. Aliás, a tese de mestrado que estou a fazer é sobre o fenómeno da intertextualidade na literatura portuguesa contemporânea, o que, por si só, já diz muito acerca da minha posição de total concordância face aos diálogos que se estabelecem entre as mais diversas formas de arte. Não acredito na teoria da tábua rasa que mais não é do que uma espécie de criacionismo artístico. Sei perfeitamente que toda a criação é um jogo de vozes que se juntam em coro. Reconheço a fluidez das criações enquanto canais que vão desaguar no mesmo mar, mas, ainda assim, há influências que me custam um bocadinho a engolir.

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