Ela disse-me: "Pareceu-me que pretendias agradar-me. Convenci-me que me havias distinguido entre todas as aquelas que estavam comigo...**"
Eu disse-lhe: "Estou onde não devia estar! Não vês que só gosto de quem não sabe viver?"
Ela disse-me: "E o encantamento que sentias quando estavas a sós comigo...? Contigo é que me entendo...**"
Eu disse-lhe: "Não sou objecto de poesia! Queres que me reste mais do que os meus ossos?"
Ela disse-me: "É então isto que me dás em troca? E o amor?"
Eu disse-lhe: "Admiro a tua paciência. Já não tenho memória de quem fomos... Só serves para me engolires nos teus seios!!!"
Ela disse-me: "Nada sei de ti! Que devo fazer? Toca-me! Fala-me! Escreves-me? Por favor! Vais-me persistir vida fora..."
Eu disse-lhe: "Porra! Achavas que ia rebocar as nuvens do teu céu? Nenhum amor cabe no meu corpo... Querias o quê? Uma sepultura aberta para os teus ímanes? Uma língua que aprisionasse os teus delírios?"
Se ao menos o teu sorriso me fizesse pensar no princípio do mundo...
* Frase roubada a este senhor. Neste livro. Não sei a página. Ainda bem.
** Sam the Kid
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