terça-feira, dezembro 19, 2006

Matas-me?

Um espaço revisitado. O teu corpo. O nosso corpo. O meu corpo. Boiámos os dois um no outro. Um para o outro. Conto agora as marcas que me segredam os dias que já esqueceste. Só tu conhecias as sombras dos mortos que se escondem no sorriso dos meus lábios. Esse sorriso enterrado nas lágrimas que me regaste. Esse sorriso escarmentado pelo Sol que retiraste da minha pele. Nada acontece, dizes. Amor machucado e amarrotado. Se a solidão só pode ser humana, não quero voltar a ser sozinho. Matas-me?

1 comentário:

Sónia Balacó disse...

E ela responde: "Não. Matas-te tu."

=)